sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Dzongsar Jamyang khyentse

... lei da ordem, plano superior, destino ou como quiser chamar, as vezes nos enviam mensagens da forma mais banal e inesperada... esse final de semana a caminho da prática em uma pista expressa entra um velhinho no meio da pista com aquela bandeirinha vermelha PARE! E um trator atravessa a pista e começa a tirar terra do canteiro. Estava super tranqüila mas após quase 10 minutos minha paciência humana começou a se esgotar e andei com o carro me aproximando do trator. O velhinho com toda a calma do mundo veio até minha janela e disse: Fique tranqüila ele só vai terminar de tirar TODA aquela terra dali, depois vc passa!!! Na hora comecei a rir de felicidade por ter reconhecido imediatamente aquela mensagem. Muitas vezes o que pensamos ser “o limite”, não passa de um simples inicio. E uma situação boba pode esconder ensinamentos e mensagens que são degraus para o caminho da iluminação. Abaixo uma mensagem recebida de forma nada banal de uma colega que não estava disfarçada de velhinho do trânsito... texto de dzongsar jamyang khyentse:


...mesmo quando estamos acordados estamos dormindo o sono da ignorância. Não são as aparências que te aprisionam; o que te aprisiona é o apego às aparências.

Tecemos uma realidade baseada em nossas projeções, imaginação, esperanças, medos
e enganos. nossos casulos se tornaram muito sólidos e sofisticados. Nosso mundo imaginário é tão real que vivemos presos dentro do casulo. Mas podemos nos libertar nos dando conta de que tudo é a nossa imaginação.

Ao compreender a vacuidade, você continua a apreciar tudo o que aparentemente existe, mas sem se agarrar às ilusões como se fossem reais, e sem a incessante decepção de uma criança que corre atrás do arco-íris. sua visão penetra as ilusões e isso faz lembrar que elas são, antes de mais nada, criações do eu. a vida ainda pode mexer com você; você pode se emocionar, ficar triste, irado ou apaixonado, mas você passa a ser como alguém que vai ao cinema e consegue se distanciar do drama, porque tem a clara compreensão de que se trata apenas de um filme.

Quando não temos a compreensão da vacuidade, quando não entendemos plenamente que todas as coisas são ilusões, o mundo parece real, tangível e sólido.Ter uma compreensão da vacuidade não significa se tornar blasé; ao contrário,desenvolvemos um sentimento de responsabilidade e compaixão. você pode tentar acender a luz para ajudar os outros...você deixa de acreditar cegamente que todos os seus desejos e esperanças precisam se concretizar e não fica preso ao resultado final.

O lugar de descanso final que chamamos céu ou nirvana não é um lugar - é uma liberação da camisa-de-força do sofrimento, dos enganos, ilusões e confusões. O nirvana não é nem felicidade nem infelicidade - ele está além de todos os conceitos dualistas. nirvana é paz.

A simples compreensão da verdade traz a iluminação.
A iluminação faz parte da nossa verdadeira natureza.
A nossa verdadeira natureza é como uma estátua de ouro que ainda está dentro do molde, e o molde são os obscurecimentos e a ignorância.
Imaginar a ausência das emoções aflitivas e das negatividades é o primeiro
passo para compreender a natureza da iluminação.

É a compreensão da verdade que nos liberta do sofrimento de uma vez por todas. o sofrimento pode ser cortado pela raiz quando o eu é desmontado, pois sem o eu não há sujeito para experimentar o sofrimento.

A não existência do sansara é o nirvana. uma faca é afiada num processo em que duas coisas se exaurem: a pedra de amolar e o metal.Do mesmo modo, a iluminação é o resultado da exaustão dos obscurecimentos e da exaustão dos antídotos dos obscurecimentos.Se somos como crianças na praia, ocupadas em construir castelos de areia,os seres sublimes - iluminados - são como os adultos que observam as crianças, sentados sob o guarda-sol. eles não ficam presos no drama da mesma maneira que as crianças...

Aqueles que não correm atrás de elogios e ganhos, que não se esquivam de críticas e perdas,podem ser estigmatizados como anormais ou mesmo loucos.

Quando observados a partir de um ponto de vista convencional,
os seres iluminados podem parecer loucos porque não negociam,
Não são seduzidos nem influenciados por ganhos materiais,
Não ficam entediados, não procuram emoções baratas,
Não têm aparências a manter, não se enquadram nas regras de etiqueta,
Nunca recorrem à hipocrisia para ganho pessoal,
Nunca fazem nada para impressionar os outros e
Não mostram seus talentos e poderes apenas para se exibir.

Saber, ainda que só um pouco, que algum dos nossos conceitos, sentimentos e objetos mais familiares existem apenas como um sonho, refina o nosso senso de humor; e conhecer o lado cômico da nossa situação poupa muito sofrimento.

Podemos ainda nos apaixonar, mas sem medo de sermos rejeitados.Usamos nossos melhores perfumes em vez de guardá-los para uma ocasião especial. Assim, cada dia passa a ser especial.

dzongsar jamyang khyentse

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Eu Adoro Voar !!!

Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo. Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos. Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso. Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos. Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem. Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram. Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem eu sou! Já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir... já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi. Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto. Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir... Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam. Já tive crises de riso quando não podia. Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva. Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse. Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar. Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros. Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros. Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um UM AMIGO FELIZ. Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava. Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade. Já tive medo do escuro. Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais. Já liguei para quem não queria apenas para ligar para quem realmente queria. Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo, mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda. Já chamei pessoas próximas de "AMIGO" e descobri que não eram. Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim. Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre... Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração! Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente! Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE! Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? EU ADORO VOAR! Clarice Lispector

segunda-feira, 8 de junho de 2009

ASTANGA


Estava há 8 meses sem praticar Asthanga (que vergonha em assumir isto! Acredito que quando você de fato encontra o caminho certo, não deve jamais sair dele!) Enfim voltei após 8 meses e me sinto como se tivesse regredido 8 anos.

Hoje me sinto como se tivesse tomado uma dose do “elixir da vida eterna” e após esta dose minha massa corpórea perdesse todo seu peso cármico e eu passasse a caminhar pela vida deslizando pelas horas e passando meus dias de uma maneira tão suave que chega a dar medo desta caminhada despretensiosa. Afinal tudo na vida é para ser difícil, penoso, dolorido e a Prática simplesmente anestesia todo e qualquer sentimento mundano, me obrigando a pensar em coisas “levianas” como simplesmente a prática do dia seguinte. E se alguma preocupação me invade, não passa de alguns acordes não decorados para a aula de violão, uma posição nova que ainda não saiu...

Minha mente deixa de querer e meu corpo se sente no direito de exigir.... todo o resto acaba perdendo toda a importância e sendo coadjuvante de uma caminhada pacífica e tranqüila.

Dia desses andava com a resistência baixa, sem objetivo, sem vontade de nada, exatamente nada. Afinal você sempre almeja um carro novo, uma cargo melhor, um apartamento, um filho, um brinco, etc etc ... mas nada, exatamente nada me saltava os olhos ... e encontrei o que faltava a bela Prática do Asthanga, a Ioga do Mestre dos Mestres que organiza os “nadas” em nossa vida, já que o vazio é o terreno fértil para se trabalhar a evolução que precisamos alcançar.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O Preço da Ilusão: "Mulheres Que Vencem" !

Estava no trânsito e li na traseira de um carro: 10ª. Convenção MULHERES QUE VENCEM, www...etc. DESCULPA! Mas não me contive, preciso externar!!!

Vencem o quê? O câncer que adquiriram em função dos movimentos feministas? Movimentos estes que pregavam a igualdade feminina (até aí ótimo! Estou adorando ganhar + que meu marido!) Mas não me lembro de homem algum pedindo igualdade, ou seja, exigindo participação na limpeza da casa, na criação das crianças, no direito a gestação!

Ou seja, a mulher acumulou sua função mais a do homem, ótimo! Ganhamos bem! E o perfume da Avon agora é o francês do “Duty free” que comprei na última viagem de negócio que fiz a Europa. Pena que o jantar romântico não foi com meu marido, mas com um fornecedor potencial que estava desenvolvendo. E como sou MULHER+HOMEM+PROFISSIONAL=MULHER QUE VENCE, e não sou de ferro trai meu marido, afinal temos as mesmas funções e agora entendo suas vontades, afinal nossos direitos são iguais.

Meu marido está em casa provavelmente com a mulher postiça que deixei no meu papel de Dona do Lar: A empregada!. Espero que ela tenha tido uma boa educação afinal é dela que virá a educação do Juninho e espero também que ela faça bem meu papel na cama, porque hoje estou com uma dor de cabeça imensa, foram três reuniões só na parte da tarde! Estou exausta e vou desmaiar.

Juninho está em crise! Revoltado não sei com o quê afinal trouxe dos EUA o último modelo do super mega ultra Play Station! (isso deveria absorver pelo menos 3 meses da minha ausência!) Mas não! Anda revoltado e acorda a noite chamando o nome da última emprega. Ela deve ter sido ótima mesmo, pois até meu marido dia desses chamou pelo seu nome.

Enfim vencemos o quê ????? Anos de evolução nos colocaram nesta posição de “Sucesso” ?!?!? Sucesso de ter filhos mal-criados, alguns divórcios, a insensibilidade feminina, a incapacidade de desfrutar momentos simples como o cheiro de um tempero, as primeiras palavras de Juninho, e + um milhão de etc... Ah...mas em compensação adoro minhas peças de Marc Jacobs, só uso Lâncome e finalmente comprei meu apartamento. Pena que meus anos de excelência profissional roubaram meu brio, minha beleza... (os creme da Helena Rubinstein antiidade ajudam muito, mas o vaticano ainda não anunciou os milagres desta Santa, sendo assim a força da gravidade chega muito rápido para quem ficam 12 horas olhando o computador tentando ser “Just in Time”).

Aiiiiiiiiiiiiii posso trocar? Quero troca a academia mega super ultra por uma vassoura de piaçar !!!!!!!!! O amante por um eterno amor, o filho revoltado por um amigo!! E em troca devolvo meus perfumes franceses e me contento com o cheiro da brisa batendo em meus cabelos soltos ao vento na caminhada diária que faço até o sorriso maravilhoso do Juninho me esperando na porta do colégio.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Duplamente Delicioso: Chocolate ao Nível do Mar...

Essa receita faz parte de um bom pedaço da minha vida.

Aprendi com Dona Malú que conheci a uns 15 anos neste lugar mágico e nossas tardes tinham sempre esta delícia regado de bons papos e pores do sol maravilhosos na região dos lagos no Rio de Janeiro.

Bolo simples, fácil de preparar e light, não leva farinha!

***BOLO DONA MALÚ***

INGREDIENTES + PREPARO: Bata no liquidificador: 6 ovos; 6 colheres de Chocolate; 8 colheres de açucar; 1 colher de fermento; 100G Coco ralado. Leve ao forno por 30' em forma untada (forma de pudim).

COBERTURA: 1 lata de creme de leite; 2 colheres de açucar (pode omitir esta ;)2 colheres de chocolate. Leve ao fogo por 10 minutos. Cubra com chocolate granulado.

Delicie-se!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Ir ao show do Seu Jorge para ver seu ídolo tocar uma música, Não tem Preço!

Para todas as outras existe a versão do Seu Jorge para The Blowers Daughter. (Todo meu respeito ao Seu Jorge e meu consolo melancólico a Damien).

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Leitura de Férias: O Mago!


Sou uma pessoa "tão interessante" que minha leitura de férias foi um livro oferecido de brinde por um shopping para compras acima de x reais...

O autor??? O magos dos magos, Paulo Coelho. Conhecido meu de longa data, aos 14 já tinha lido todos seus livros na época então publicados. Além de muitas histórias misturadas com histórias do meu então ídolo da "aborecência", Raulzito.

E para quem é fã de Raul, sabe da sua opnião a respeito de Paulo Coelho. A música Loteria da Babilônia já expressa grande parte da minha também opinião, basta apenas saber um pouco da história dos dois para entender as entrelinhas de Raul na música.

Mas como tudo na vida merece uma segunda chance lá fui eu travar meu duelo com o mago mergulhando em uma leitura contínua, fácil e rápida com o LIVRO DOS MANUAIS.

O que impressiona é o conteúdo envolvente e vendável (brindável no caso...heheh) que ele segue, com conteúdo interessante mesmo que para uma promoção de final de ano para um shopping da cidade.(E ai não importa o tamanho do seu banco de dados ou networking, o fato é que é preciso do mínimo de talento para organizar idéias).

Apesar que sigo uma teoria de Osho em que diz que é melhor não ler à absorver idéias imbécis de frustações alheias. Quando for assim ESCREVA! é melhor "exportar" idéias, sentimentos e suas próprias fustrações à consumir de outrem.

Mas mesmo assim valeu meu reencontro com Paulo e por um motivo bastante especial, descobri o segundo motivo pelo qual sou uma pessoa "tão interessante", NÃO GOSTO DE MUSEUS! Sempre me senti um tanto quanto culpada, enquanto todos mostram suas fotos à frente de relíqueas do passado, eu sempre fiz questão de fugir delas. Talvez por uma questão de energia, cheiro de passado ou histórias interessantes mas que em duas horas vou me lembrar de pouco...

Enquanto isso eu estava em downtown beliscando em uma bar de esquina e observando o movimento das pessoas, os olhares, o cheiro, o vento, o sabor... E quem sabe eu não tenho a chance de conhecer, conversar com alguém nativo e ai sim viver aquele lugar, aquele momento. Sensação está que cerâmica alguma rachada do século passado vai conseguir expressar. E que me desculpem os "cultos"!

Mas voltando ao Paulo, veja o trecho do Livro dos Manuais que salvou nossa amizade.(além de trechos de Castañada muito bons):

Capítulo: Manual Para Viajar de Verdade, e não Apenas contar para os amigos que conhece outros paises:

1 - EVITE OS MUSEOS:
O Conselho pode parecer absurdo, mas vamos refletir: Se vc está numa cidade estrangeira, não é muito mais interessante ir em busca do presente que do passado? Acontece quer as pessoas sentem-se obrigadas a ir a museus, porque aprenderam desde pequenas que viajar é buscar este tipo de cultura.(Ninguém aqui está dizendo que não seja ;)É claro que museus são importantes, mas exigem tempo e objetividade -vc precisa saber o que deseja ver ali, ou vai sair com a impressão de que viu uma porção de coisas fundamentais para sua vida, mas não se lembra quais são.

2 - FREQUENTE OS BARES:
(Essa foi a melhor!)
Ali, ao contrário dos museus, a vida da cidade se manifesta. Bares não são discotecas, mas lugares onde o povo vai, toma algo, passa o tempo, e está disposto a uma conversa...e por fim o mais bacana: ...NÃO SE PODE JULGAR A BELEZA DE UMA CAMINHO OLHANDO APENAS SUA PORTA.

Namastê! E que venha 2009!